RSS
  Whatsapp

Em Carta Aberta, presidente do Sispec comunica que sofreu uma “tentativa de golpe” por parte de diretores do sindicato

Compartilhar

 

Aretirada de convênio médico de duas trabalhadoras celetistas do Sindicato das Professoras e Professores da Rede Pública Municipal de Camaçari (Sispec), e a proposta de mudança do regimento com a alteração estatutária, foram os motivos que levaram a presidente da entidade, Sara Santiago, a divulgar uma Carta Aberta sobre o “rompimento de dois grupos”. Ao Portal, a gestora explicou a sua versão sobre o que ela chamou de “tentativa de golpe”, por parte de cinco integrantes da diretoria executiva.  

Após ter acesso ao documento, o Portal entrou em contato com Sara Santiago, para entender o que motivou a sua declaração. Sobre o benefício das trabalhadoras, a presidente explicou que o plano de saúde foi concedido a elas em gestões anteriores e por lei não pode ser retirado.

“Nós temos um parecer do advogado do Sispec, Dr. Rodrigo Nogueira, orientando não tirar o plano de saúde. O que pode acontecer é mudar o plano, com tanto que fique os mesmos benefícios, é um direito adquirido, isso é lei. Mas, mesmo sabendo disso, os cinco diretores impuseram a decisão deles e impediram o pagamento do plano de saúde das funcionárias. Eu tentei de todas as formas negociar, conversar, resolver, mas, enquanto presidente não posso ser obrigada pela diretoria a fazer o que é ilegal”, disse a presidente.

Sara Santiago exaltou que além de ilegal, a situação "é imoral". “Eu sou sindicalista, eu defendo o trabalhador, a trabalhadora, seja ela qual for. Se eu defendo a minha categoria, eu também defendo qualquer categoria da classe trabalhadora. Então, eu não aceito retirada de direitos de qualquer categoria. Como é que estou dentro de um sindicato e vou aceitar a retirada de direitos de funcionários do sindicato? Eu não posso aceitar isso”, afirmou.

Segundo a presidente, por conta da recusa em tirar o convênio médico das trabalhadoras, foi proposto a mudança do regimento do sindicato com alteração estatutária. “Eles queriam alterar o estatuto, e só se altera no Congresso, ele não se altera dentro da diretoria executiva para tirar os meus direitos enquanto presidente. Ou seja, eu tenho que acatar o que os cinco decidirem. Isso é golpe. [...] Existe uma diferença entre divergências, e um conflito que pra mim é inegociável. Eu sou um tipo de pessoa que me posiciono contra o que é errado, eu sou de esquerda, eu sou sindicalista”, pontuou.

Para Sara Santiago, o sindicato está rechado. “Unificação no Sispec é hipocrisia. Diferenças de opiniões são normais, e enquanto está somente nessa seara a gente mantém, a gente segue. Mas, o ilegal, o imoral, aí entra em um caminho que minha paciência se esgota. Fiz uma Carta Aberta aos professores, mas, é claro que tomou uma proporção muito grande. E tomei essa atitude porque lá na frente ninguém dizer que eu não avisei”, salientou.

Assinam a carta junto com a presidente Sara Andrade, a secretária Geral, Sandra Cristina Rodrigues, a diretora de Comunicação, Cássia Verena Barbosa, e o diretor de Assuntos Sindicais, Josemiram Marques. O Portal não vai divulgar o nome dos cinco diretores envolvidos na situação, mas o site está aberto para ouvir a outra versão.

Abaixo a Carta Aberta da presidente:

Portal Abrantes

Mais de Camaçari